27 maio 2023

Petróleo cai quase 13% desde a posse de Lula em janeiro deste ano e ajuda a baratear preços de combustíveis


    O barril de petróleo tipo brent, negociado na Bolsa de Londres, fechou na 4ª feira (11.mai.2023) cotado a US$ 75,41. O valor caiu 12,2% desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023. À época, estava em US$ 85,91.

    A cotação entrou em trajetória de desvalorização desde o início do ano. Chegou a ganhar fôlego no início de abril, quando avançou 6,47% no pregão por causa do anúncio da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de cortar a produção em quase 1 milhão de barris por dia. Desde o final daquele mês, no entanto, voltou a cair e fechar abaixo dos US$ 80.

    Os contratos do brent servem como referência mundial e são utilizados pela Petrobras para calcular o valor de combustíveis vendidos no Brasil.

    Em outubro de 2016, o governo de Michel Temer (MDB) adotou a política de PPI (Preços de Paridade de Importação). Isso significa que não só o brent, como também o dólar, influenciam nos preços nas refinarias. A moeda norte-americana caiu 7,9% este ano –também dando fôlego para redução dos combustíveis.

    Lula é crítico do sistema e prometeu na campanha eleitoral de 2022 “abrasileirar o preço da gasolina”. Isso ainda não aconteceu. Durante seu governo, foram 2 reajustes no combustível: aumentou R$ 0,23 em janeiro e reduziu R$ 0,13 em março.

    A queda vertiginosa do brent desde a posse pode ser um estímulo para uma nova redução da Petrobras nas refinarias. Só no 1º trimestre de 2023, a estatal negociou por 8,4% a menos o barril em relação ao último trimestre de 2022. Os números estão no balanço financeiro da empresa.

    Um anúncio do tipo pode ser uma boa notícia para o Planalto. O preço da gasolina tem um forte impacto na opinião pública e pode dar em fôlego nas taxas de aprovação do governo Lula.

    Outro efeito positivo seria sobre a inflação. A queda no combustível –e no diesel e gás de cozinha– pode baixar a taxa. E com ela os juros. O Executivo pressiona, desde março, o Banco Central para reduzir a taxa básica, a Selic, hoje em 13,75%.

Créditos: Poder 360 / Foto: Reprodução/Proactivo.

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