Um dia marcado por encontros,
reencontros e adaptação. Assim foi esta segunda-feira (04/04/2022) na Escola de
Ensino Fundamental II - Centro Educacional 31 de Março, em Baianópolis -BA, que
retoma as aulas e atividades presenciais depois de mais de dois anos.
Desde o dia 20 de março de 2020,
uma das maiores escolas da rede municipal de Baianópolis não tinha aulas
presenciais por causa da pandemia de Covid-19. E, o retorno foi comemorado com
grande alegria pelos professores, alunos e corpo administrativo.
O momento foi emocionante e
acolhedor. Os professores, para demonstrar tamanha alegria em estar retornando
ao ensino presencial, prepararam uma chuva de fogos para celebrar
toda emoção sentida e acolher os estudantes junto com a direção da escola. Esta
foi uma maneira de apoiar a direção que também esteve sempre ansiosa e
esperançosa por essa ocasião.
Alguns pais estiveram no local e
presenciaram o entusiasmo dos professores, estudantes e da equipe
administrativa. Grupos de alunos - todos
com máscara de proteção, respeitando as normas de segurança e saúde do
ministério da saúde - reuniram pela primeira vez presencialmente, a expectativa
era visível no olhar de todos.
A professora Marleide Araújo falou
dos desafios enfrentados durante dois anos de pandemia para ministrar as aulas
à distância e alcançar todos os estudantes de maneira que nenhum deles ficasse
sem atendimento.
"Nós professores tivemos que nos adaptar e
aprender novas metodologias. Os desafios foram enormes, pois a maioria não
dispunha de recursos tecnológicos ou não dominavam esses recursos e, sem
formação, tivemos que dar conta de
ministrar aulas online, produzir vídeos, atender estudantes pelo whatsApp, sem
horários para descanso – éramos procurados para tirar dúvidas até altas horas
da noite, em finais de semana e feriados. Tudo ficou mais difícil, mas os
professores fizeram o possível e o impossível para atender os alunos”, disse.
Esses desafios renderam muitas
perturbações para os pais dos estudantes e para os professores, pois além do
medo da doença, da necessidade de se proteger e proteger familiares contra o
vírus, ainda sentiam o peso das drásticas mudanças de rotina. Muitos dos
professores adoeceram por causa das responsabilidades exaustivas. Vencer essas
barreiras representa uma grande vitória para todos.
A professora Dalviene Pereira de
Souza também comentou que o retorno requer adaptação metodológica, física e
pedagógica para encurtar os prejuízos de aprendizagem que a paralização das
aulas presenciais causou aos estudantes. "Agora é hora de o professor dar
a mão aos estudantes para ensinar a matéria do ano em curso e revisar os
conteúdos dos anos anteriores que foram trabalhados em atividades remotas. É
uma adaptação realmente, e para os alunos que tiveram os dois primeiros anos no
ensino remoto, vai ser mais difícil ainda. No presencial vai ser melhor, no remoto
foi muito difícil, sem controle do que realmente estava acontecendo, se o aluno
estava aprendendo ou não".
A expectativa dos professores é
alta, pois acreditam que no ensino presencial é possível acompanhar melhor os
estudantes e as oportunidades são iguais a todos. É uma maneira de reduzir as
desigualdades de oportunidades de aprender já existentes no país antes da
pandemia e reforçada no período pandêmico.
“A diretora da Instituição tem demonstrado esforço
para manter os estudantes informados de tudo o que ocorre, inclusive, faz
entrega de atividades a domicílio para que nenhum estudante deixasse de
realizar as atividades à distância”, afirma o professor Esmael.
“Alguém pode até questionar o
porquê de estarmos voltando com tanta alegria, pois no momento enfrentamos
muitas batalhas por direitos, mas não estamos comemorando as conquistas financeiras
e de valorização profissional, estamos celebrando a vida, o reencontro com
nossos estudantes e colegas. A oportunidade de estar todos juntos, de retornar
para o nosso espaço sagrado de práticas educativas e construção do
conhecimento. Estou convicta de que somos insubstituíveis. A pandemia deixou
mais evidente a importância da nossa profissão”, explica a professora Dalviene.
“Estamos voltando porque
entendemos que já passou da hora de voltar, mas, principalmente por ver o
desespero de muitas crianças que não conseguem resolver questões simples
sozinhas ou com orientações à distância. Isso é desesperador para o professor
também, pois não dispomos de ferramentas tecnológicas para alcançar os
estudantes no ensino remoto”, conta a professora Dolenilde Pereira de Souza
Prado.
“Não sabemos ainda como vamos ministrar aulas em um
espaço em obra, pois temos professores e estudantes que sofrem de alergias e a
poeira naquele ambiente ainda é muito grande. A escola está há três meses em
obra e ainda não foi concluída”, desabafa uma professora.
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Parabéns a toda equipe escolar pelo acolhimento aos alunos e profissionais da Escola 31 de Março. Pois, diante dos desafios enfrentados, hije vocês podem gritar bem alto, VENCEMOS. Que unidos, vocês consigam desenvolver os melhores métodos de aprendizagem, para que todas os educandos adquiram os conhecimentos necessários. Meu grande abraço à toda equipe.
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