16 setembro 2022

Aqui jaz a Educação de Baianópolis. Professores indignados com a nova proposta de reajuste do Piso Salarial do Magistério decidem retornar às aulas normais

Os professores da rede Municipal de Baianópolis, após cinco meses de lutas e reivindicações pelo reajuste de 33,24 % do Piso Salarial Nacional, resolvem voltar às aulas normais.  

A gestão enviou à categoria um percentual de 15% de reajuste e mais 5% de bonificação mensal que ocorrerá entre os meses de janeiro e dezembro de 2022. Isso pareceu uma piada.

A reação dos professores foi de recusa e muita decepção em relação ao descompromisso da gestão com os educadores e para com a educação. 

"O professor não está voltando porque está satisfeito com a proposta.  Estamos voltando porque também temos um compromisso social, porém muito revoltados com a postura da gestora em relação ao cumprimento da lei 11. 738(lei do Piso Salarial Nacional do Magistério). É vergonhoso viver em um município onde há um descaso para com os professores", diz professora. 

A secretaria de educação juntamente com a gestão demonstrou descaso pela educação quando deixou de cumprir a lei do piso.  "A valorização do professor é o primeio passo para uma educação de qualidade.  E em Baianópolis, valorizar e respeitar o professor não faz parte da agenda da Secretária de Educação", afirma um professor. 

A falta de abertura para  o diálogo por parte da gestão e as mentiras usadas para justificar o não pagamento do Piso causou grandes problemas não só às negociações para o reajuste do piso, mas também comprometeu as relações entre Secretária de Educação e professores.  E isso causa sérios prejuízos ao desenvolvimento educacional do município.  Comenta uma professora. 

"Voltamos tristes, mas não vencidos, pois somos profissionais e o que somos ninguém tira de nós", comenta professora.

"A luta não terminou, estamos firmes para recorrer à justiça e garantir aquilo que é de direito nosso.  A história de um professor é construída com lutas e muitos desafios. Portanto, não pode ser encerrada diante de um não de alguém que, temporariamente, exerce poder e não constrói histórias. Desabafa um professor. 

As lutas foram intensas, muitos deram as mãos, outros nem tanto... outros nada fizeram. E se não fizeram é porque  viram que não tinham o que fazer. Ou ainda, acreditam que não merecem muito.  E assim são as lutas, elas sempre trazem um ensinamento.  

Que cada desafio e acerto tenha servido de aprendizado e forças para enfrentarmos outras batalhas, diz professora.

A sociedade ficou dividida. É possível observar muitos interesses particulares e partidários. Daí também tiramos um aprendizado de que enquanto não houver um reconhecimento de que a Educação é uma necessidade básica do cidadão, as conquistas dos professores continuarão representando uma luta desafiadora.

Fonte: Professores indignados

 


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